UE tem de responder aos esforços da China para alterar a ordem mundial
Os eurodeputados vão pedir ação pragmática da UE para com a China no que respeita aos desafios globais, defendendo que se confronte Pequim por causa das violações dos direitos humanos.
Num relatório, que será debatido na terça-feira e votado pelo plenário na quarta-feira, os eurodeputados reconhecem o duplo papel da China, tanto como parceiro como concorrente e rival sistémico da UE. Alertam que Pequim está a reforçar o seu papel e influência sobre as instituições internacionais, com a intenção — bem como meios económicos, tecnológicos e militares — de remodelar a ordem internacional.
Os eurodeputados salientam igualmente que tanto a UE como a China partilham o interesse de manter relações ativas e estáveis com base no direito internacional, num compromisso equilibrado e em responsabilidades partilhadas a nível mundial. Salientam, no entanto, que a China está a entrar numa nova era de segurança e controlo, caracterizada pelo aumento da repressão interna e por uma política económica e externa cada vez mais assertiva.
O texto da Comissão dos Assuntos Externos estará disponível aqui. O eurodeputado Pedro Marques (S&D, Portugal) é um dos relatores-sombra.
O Parlamento também vai debater, com o representante da Comissão, as relações de comércio e de investimento com Taiwan. O debate será na terça-feira de manhã e a votação no mesmo dia.
Tópico Scribo: Relações externas
Debate: Terça-feira, 12 de dezembro
Votação: Quarta-feira, 13 de dezembro
Procedimento: Relatório de iniciativa, pergunta com resolução