Moldávia: Parlamento considera que negociações de adesão à UE devem começar
Os eurodeputados votam, quinta-feira, uma resolução que analisa os progressos da Moldávia para aderir à União Europeia.
A Moldávia, um dos países mais pobres da Europa, sofreu graves danos colaterais, ao nível político e económico, devido à guerra da Rússia contra a vizinha Ucrânia. Inflação crescente, aumento dos custos alimentares e dos preços da energia, protestos de rua na capital Chișinău, apagões de eletricidade e campanhas de desinformação foram alguns dos efeitos registados. Foram ainda feitos alertas para um golpe de Estado preparado pela Rússia contra a liderança pró-europeia do país, para além das consequências contínuas do conflito congelado por décadas com separatistas apoiados pela Rússia na Transnístria.
Na sequência da invasão da Ucrânia por Moscovo, a Moldávia apresentou o pedido de adesão à UE em março de 2022 e obteve o estatuto de país candidato à UE em junho do mesmo ano. Em abril de 2023, o Parlamento defendia que as conversações de adesão à UE com o país podiam começar até ao final do ano caso a Moldávia satisfizesse as nove etapas identificadas pela Comissão Europeia, necessárias para a abertura das negociações.
Antes da votação da resolução, os eurodeputados debaterão os últimos acontecimentos na Moldávia com os representantes da Comissão e do Conselho, na terça-feira à tarde.
Procedimento: resolução não legislativa
Debate: Terça-feira, 3 de outubro
Votação: Quinta-feira, 5 de outubro